segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O aprendizado na era da informação: Mobile Learning



Pode ser bom dia, boa tarde, boa noite ou até mesmo boa madrugada pra você. Depende do horário em que você está acessando esse blog. Pois bem. Independentemente de quando eu fiz essa postagem, ela perdurará pela nuvem virtual que é a internet por quanto tempo eu desejar ou até que o site específico seja retirado do ar. Agora, imagine quantos “vocês” têm a oportunidade de acessar essa página de quantos lugares diferentes no mundo. Imagine agora o impacto que essa ferramenta chamada internet poderia ter na educação: cursos online que perdurariam por tempos específicos e poderiam ser cursados por pessoas do mundo todo, as quais poderiam inclusive, por exemplo, no formato de fórum, interagir umas com as outras, com seus tutores e, através da internet mesmo, com bibliografias digitais de cunho infinito. Ora essa, mas hoje abordaremos exatamente os MOOCs (Massive Open Online Courses).

Mas o que é isso?


Os “cursos abertos online em massa”, ou os MOOCs, são ferramentas, páginas com algum curso onde você pode estudar um assunto específico do seu aprazimento, interagir com professores (independentemente de onde eles estejam localizados no mundo), pesquisar bibliografias referentes a e ainda interagir com outros estudantes também interessados no mesmo assunto. Isso, por exemplo, pode expandir o número de alunos de 40 numa sala de aula para 100tenas pelo mundo todo. Ainda pode-se buscar por professores com muito conhecimento no assunto, pois online é muito fácil encontrar pessoas do mundo todo. Ainda tem-se aliado a isso bibliotecas digitais por toda a internet. Sem falar que as possibilidades de ensino variam escopicamente dos livros antigos aliados a fitas VHS e K-7’s à interatividade que muitos sites oferecem a um clique do mouse ou uma prensa de tecla.


Um exemplo desses cursos abertos e onlines ''em massa'' é o site https://www.edx.org/. O objetivo desse site, segundo eles mesmos, é ''aumentar o acesso a educação de qualidade para todos, em qualquer lugar''. Ao acessá-lo, você se deparará com uma interface intuitiva e fácil de navegar, todo em inglês (mas também há vários sites em espanhol e português, basta pesquisar!). Ao clicar no botão azul ''find courses'', abrirá uma página onde você pode pesquisar o assunto de seu interesse, e também navegar por matéria ao lado. De arquitetura até ciências sociais, dezenas de cursos podem ser acessados de maneira gratuita. É o conhecimento sendo entregue de ''bandeja'' a você, aproveite! Além disso, há também a vantagem de treinar seu inglês, tanto o listening quanto o reading. Que tal melhorar sua fluência e vocabulário e ainda por cima aprender coisas novas? Vale destacar que, apesar dos cursos serem gratuitos, você deve pagar pelo certificado (em dólares) caso haja interesse.
Além do EDX, outro site de cursos de qualidade que merece destaque é o https://alison.com/. Assim como no exemplo anterior, no alison.com você encontrará cursos de diversas áreas e interesses, de maneira gratuita. Todos os cursos possuem certificado reconhecido (e pago, mas são opcionais). Uma dica é: Confira os vários cursos de inglês gratuitos e de qualidade! Há muitas excelentes opiniões sobre tais cursos em fóruns da internet. Vale a pena!
Para finalizar, caso você não queira fazer um curso online no momento, talvez por não ter tempo ou por qualquer outro motivo, que tal fazer o download de um e-book em seu celular e estudar em seu tempo livre? O projeto Gutenberg disponibiliza milhares de livros gratuitos de maneira legal para você! Acesse http://www.gutenberg.org/ e delicie-se.

Mais exemplos de MOOCs:
http://www.open.edu/itunes/
http://www.udacity.com/
http://novoed.com/

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Quem é você no mundo digital?



Bom dia, leitores e leitoras do nosso blog da UEM – Novas Tecnologias! É um prazer escrever para vocês novamente.
Hoje vamos ver um pouco sobre tipos de usuários de tecnologias, segundo pesquisa de Santaella apud Braga Guimarães (2007) juntamente com dois relatos pessoais de dois usuários de tecnologias, os quais também se colocarão dentro de alguma dessas categorias desse estudo de 2007. Esses usuários são Alisson Pepato e Raphael Beck, alunos da disciplina de Novas Tecnologias do Ensino da Língua Inglesa da Universidade Estadual de Maringá.
Segundo Santaella apud Braga Guimarães (2007), existem três tipos de navegadores digitais:
·         os novatos, que navegam errantemente, não reconhecem o propósito das mídias digitais, nem o que estão fazendo ali, e tem pouca ou nenhuma familiaridade/facilidade de uso dessas tecnologias, amiúde se desorientando diante da tela e se sentindo inseguro nesses ambientes;
·         os leigos, que já sabem, pelo menos, como pesquisar e aprender sobre o que ainda não sabem e que, por mais que não tenham tanta familiaridade como a próxima categoria, conseguem interagir bem em ambientes digitais: navegação detetivesca.
·         os experts executam tarefas digitais com rapidez e facilidade, sabem o que estão fazendo.
F

Agora, vamos contar nossas experiências pessoais e que tipo de usuário somos.
Raphael: Quando eu vou navegar na web, mesmo sem um propósito definido que vá além de “entrar no facebook”, particularmente eu considero que tenho um tanto de afinidade com tecnologias, de forma que eu sei como navegar, sei como utilizar as ferramentas que o computador disponibiliza (navegador, programas para digitação, cálculos, desenhos, etc.), caso sejam necessárias para alguma finalidade específica que eu encontre online, e sei fazer a leitura da internet num sentido que, por exemplo, saber onde não clicar para não pegar um vírus, ad's popups que espocam na tela, como fechá-los, identificar uma mudança de página que tenha acontecido sem o consentimento do internauta, a abertura de uma nova página, enfim, todos esses ardis de quem quer, ou esfregar o marketing de certos produtos na nossa cara, ou colocar um vírus dentro de nossas máquinas. Saber identificar, não só isso, mas características dentro da internet, saber navegar, saber falar a língua digital, acredito que isso me coloque em um patamar de expert, segundo Santaella apud Braga Guimarães (2007).
Porém, no passado, não fui sempre assim. Eu já cliquei (e baixei) vírus no meu computador achando se tratar de algo que eu pesquisava, já permiti que programas como Baidu fossem instalados sem eu perceber no meu navegador (por intermédio de não desmarcar caixinhas ao clicar em "avançar" quando se instala alguns programas), já acreditei em perfis sem foto (e pessoas que não mostravam o rosto em bate-papos) que poderiam ser estupradores e me encontrei com essas pessoas, enfim. Vários são os riscos de uma navegação sem consciência, sem saber o que se está fazendo. Vários são os riscos que correm vários que, como eu era, são leigos no assunto.
Alisson: Eu, assim como meu amigo Rapha, me defino como um ''usuário experto'', segundo os conceitos de Santaela. Desde a pré-adolescência venho me familiarizando com a tecnologia e internet, e os conhecimentos que adquiri (e adquiro, pois acredito que o aprendizado nunca deve parar) fazem com que eu navegue sem dificuldade, de maneira ágil e eficaz. Estou sempre no Google pesquisando assuntos de meu interesse e procurando aprender sempre mais, visto que me considero autodidata. Acho importante que um usuário da internet saiba utilizar todos os aplicativos que o computador possui, para se proteger no ambiente virtual dos inúmeros problemas e consequências que o uso da internet pode trazer. Uma pessoa de minha família, por exemplo, não consegue dominar as ferramentas que o computador traz, tendo uma visão bem simplista e sem cuidados da internet. Seu computador é formatado a cada dois meses, devido a vírus e outros programas mal intencionados que se instalam frequentemente em seu HD.

REFERENCIAS: SANTAELLA, L. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004.
 E você, que tipo de usuário é? Escreva abaixo nos comentários pra gente!

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Praticas de leitura e escrita no ciberespaço





Alisson Pepato, Raphael Beck


Bom dia, queridos leitores do blog! Eu e meu companheiro de escrita Raphael Beck decidimos escrever uma simples resenha sobre o capitulo 3 do livro ''Novas Tecnologias e Ensino de Linguas'', escrito pela competente e respeitada Aparecida de Fatima Perez. Espero que gostem. 
Não podemos ignorar a importância das novas tecnologias no dia a dia das pessoas no contexto de ensino e aprendizagem da língua. Na verdade, não só no ensino e aprendizagem da lingua, mas em várias outras esferas de nossa vida. A autora dá o exemplo do mercado de trabalho, que passou a exigir pessoas com conhecimento de informatica, que precisam ser qualificados para isso. Em seguida, vemos que muitas também são as novidades na comunicação online, que podem transmitir o tom de oralidade e emoção na interação via internet. Logo depois, a autora também mostra a importância do hipertexto, pois possibilita que o leitor ''viaje'' para outro lugar da web, expandindo sua leitura. Sendo assim, a leitura diz que ''a leitura nos meios virtuais é uma realidade incontestável, que precisa fazer parte do contexto escolar''. Porém, Perez deixa claro que a escola precisa saber como preparar os alunos e também os professores para que lidem com esses novos contextos de leitura no espaço virtual - o que eu concordo plenamente. Muitos professores nem mesmo se atualizam a respeito das novas tecnologias, os incapacitando de ensinar aos alunos como lidar com esses novos gêneros.
Mais adiante no texto, Perez diz que a escrita no ambiente virtual possui convenções diferentes da escrita no papel. Online, os textos geralmente possuem caracteristicas proprias, por exemplo imagens e sons - emoticons e smileys, e letra maiscula: Caracteristicas que indicam emoções.



Chartier é citado nesse texto, pois ele reflete sobre as mudanças nas estruturas fundamentais do suporte de texto, isto é, a forma em que o conteúdo é veiculado. Se antes as revoluções na escrita não alteravam a forma de veiculação, hoje em dia não acontece assim. As necessidades de comunicação moldam as novas formas de comunicação, surgindo assim blogs, padlets e wikispaces, adaptando-se ao que surge em termos de escrita e leitura no ciberespaço.
Peres ainda aborda as diferenças entre a leitura de um texto físico e um texto virtual, que facilmente observamos com relação a paginação e manuseio do material, dessa forma, aproximando-o muito mais do volumen

 da antiguidade do que do codex
 que vigora nos livros impressos da atualidade. Afinal, a leitura virtual é vertical.
O hipertexto e o hiperlink são outros fatores que, apesar de marcarem muito essa efemeridade e velocidade da leitura online, já existiam em revistas e jornais (é só pensar nas notas de rodapé, cabeçalhos e aquelas tiras em outros cantos da página em várias revistas, com explicações a parte da matéria principal). Isso pode tanto complementar seu conhecimento acerca do assunto como dispersá-lo do texto que ele escolheu inicialmente a ler. Essa velocidade e efemeridade interfere mais do que nunca na história da escrita na criação e destruição de velhos gêneros textuais em uma velocidade muito maior do que após a simples invenção da imprensa (comparada com a internet, a imprensa fica bem pra trás).
Além disso, podemos ver marcas da oralidade na escrita, visto que a escrita em chats e até mesmo em blogs é de cunho informal na maioria das vezes, o que afeta a língua em seu aspecto interno, e o fato de qualquer pessoa poder postar qualquer coisa online mostra que, o que antigamente era canônico, apenas alguns podiam escrever e serem lidos, hoje configura uma mudança no aspecto externo da língua, não é mesmo?
A autora cita Dolz e Schnewly para concluir seu texto, abordando três maneiras de se abordar gêneros textuais na escola: ensinar o gênero com meio e fim em si mesmo, isto é, abordando apenas sua estrutura; ensiná-lo com uso concreto em situações escolares; ensiná-lo com uso concreto em situações autênticas. Essa última, para a autora, é a melhor para se lidar com as novas tecnologias, visto que levar o aluno ao uso concreto dos gêneros nos ambientes virtuais não é abdicar dos livros impressos nem torna-lo um expert em informática (afinal, ele provavelmente já é um) mas, sim, ensiná-lo como operar em diferentes meios e modos de interação comunicativa por meio da escrita e da leitura, independente do meio semiótico que se utilize para se expressar a mensagem que se quer passar. Letrar um aluno é capacitá-lo a ler diferentes meios, com diferentes aspectos.

REFERÊNCIAS PERES, A. F. Práticas de leitura e de escrita no ciberespaço. In: GUIMARÃES, T. B.; PERES, A. F. Novas Tecnologias de Ensino de Línguas (Materna e Estrangeira). Maringá: EDUEM, 2014. CHARTIER, R. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na EUropa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1994. DOLZ, J.; SCHNEWLY, B. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação, Riode Janeiro, n. 11, p. 5-16, 1999.